
Um ETF de criptomoedas é um fundo cotado em bolsa disponível nos mercados acionistas tradicionais, que replica o desempenho de ativos digitais como o Bitcoin. Ao contrário da compra direta de Bitcoin numa plataforma cripto, quem investe em ETFs não precisa de criar uma carteira, gerir chaves privadas ou dominar a tecnologia blockchain. Basta adquirir unidades do ETF através da sua conta de corretagem habitual. Assim, torna-se tão simples para qualquer investidor obter exposição ao preço do Bitcoin como investir em ações. Em janeiro de 2024, a U.S. Securities and Exchange Commission aprovou os primeiros ETFs spot de Bitcoin, integrando oficialmente o investimento em criptoativos no sistema financeiro tradicional. Produtos como o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock e o Bitcoin Fund (FBTC) da Fidelity captaram cerca de 12 mil milhões $ de entradas logo no primeiro mês, comprovando a forte procura do mercado. O Canadá lançou o primeiro ETF spot de Bitcoin a nível mundial em 2021, enquanto Hong Kong aprovou os seus primeiros produtos deste tipo em 2024. O impacto mais relevante desta integração dos criptoativos é tornar o investimento em Bitcoin muito mais acessível, permitindo a entrada de capital institucional — incluindo fundos de pensões — e funcionando como ponte entre o universo cripto e as finanças tradicionais. Para quem inicia, o mais importante a reter num guia de ETFs de criptomoedas é perceber como estes produtos permitem um acesso seguro e conveniente a ativos digitais, através de instituições financeiras reguladas.
As duas formas principais de investir em Bitcoin são a compra direta ou a exposição através de um ETF. Estas abordagens diferem bastante ao nível da titularidade, da gestão de risco e da facilidade de utilização. A propriedade direta significa que detém efetivamente Bitcoin, podendo transferi-lo para uma carteira própria e utilizá-lo em aplicações blockchain. Contudo, é o próprio investidor a garantir a segurança das chaves privadas, ficando exposto ao risco de perda, roubo ou esquecimento de senhas. Com um ETF de Bitcoin, apenas acompanha a variação do preço e não pode levantar Bitcoin, mas os seus ativos ficam protegidos por instituições financeiras reguladas, o que oferece maior segurança. Nos últimos dez anos, a maior queda do Bitcoin foi de 77,41%, enquanto a rendibilidade média anual superou os 83,9%. Esta volatilidade sublinha a importância de escolher o método de investimento adequado. Para quem não tem conhecimentos técnicos, os ETFs eliminam a complexidade associada à gestão de carteiras — não é necessário abrir conta numa plataforma cripto ou aprender conceitos de blockchain. Comprar ETF numa plataforma regulada como a Gate, usando uma conta de corretagem comum, é tão simples quanto adquirir ações, tornando mais fácil dar os primeiros passos.
| Fator de Investimento | Propriedade Direta de Bitcoin | ETF de Bitcoin |
|---|---|---|
| Propriedade do ativo | Plena titularidade; transferível e utilizável | Replica apenas o preço; não detém Bitcoin real |
| Gestão das chaves privadas | Responsabilidade própria; risco de perda | Custódia institucional; elevada segurança |
| Abertura de conta | Requer registo em plataforma cripto | Adquirido através de corretora tradicional |
| Facilidade de uso | Complexo; exige domínio de blockchain | Simples; semelhante à compra de ações |
| Proteção regulatória | Depende das salvaguardas da plataforma | Supervisão de entidades como a SEC |
| Fiscalidade | Regras específicas de cripto; mais complexas | Tributação de mais-valias; direta |
Para quem inicia, os ETFs apresentam vantagens claras em termos de gestão de risco e proteção. Estes produtos são supervisionados por entidades como a SEC e comunicam diariamente a composição da carteira, reduzindo a possibilidade de manipulação de mercado ou fraude, ao contrário das plataformas não reguladas. Assim, os investidores evitam erros dispendiosos ou perdas por falhas técnicas.
Os ETFs de Bitcoin dividem-se em três grandes categorias, adaptadas a diferentes perfis e objetivos. Os ETFs spot detêm Bitcoin físico — o fundo adquire e guarda Bitcoin, permitindo exposição direta ao preço através das unidades. Esta estrutura acompanha de forma fiel o preço de mercado do ativo, sem recorrer a derivados, sendo indicada para estratégias de longo prazo. Os ETFs spot de emissores como ProShares e Grayscale cobram normalmente comissões anuais entre 0,20% e 0,25%, sendo uma solução eficiente em custos. Os ETFs de futuros não detêm Bitcoin diretamente; replicam o preço através de contratos de futuros de Bitcoin na Chicago Mercantile Exchange. Foram lançados antes dos spot e destinam-se a investidores mais ativos e estratégias de curto ou médio prazo. Contudo, têm uma limitação importante: o chamado “prémio de futuros”, em que o preço dos contratos excede o valor spot, reduzindo o retorno ao longo do tempo. O BITO, ETF de futuros da ProShares, por exemplo, cobra uma comissão anual de 0,95%, bastante superior às opções spot. Por fim, os ETFs sintéticos recorrem a estruturas de derivados mais complexas e são menos comuns. Para quem começa, a escolha do ETF de criptomoeda depende do horizonte temporal e do perfil de risco. Investidores de longo prazo que acreditam no potencial do Bitcoin deverão optar por ETFs spot, para seguirem o preço real e beneficiarem de comissões baixas, enquanto estratégias de curto prazo ou táticas poderão considerar ETFs de futuros, mesmo tendo em conta a erosão do prémio.
Para escolher o ETF de Bitcoin mais adequado, é fundamental avaliar vários fatores essenciais. As comissões de gestão são o principal critério, pois afetam o retorno a longo prazo. Os ETFs spot cobram normalmente entre 0,20% e 0,30% por ano; valores que parecem reduzidos, mas que, ao fim de uma década, podem representar várias centenas de euros a menos no desempenho. Produtos de baixo custo são especialmente relevantes para estratégias de longo prazo. A liquidez — facilidade em comprar e vender unidades — é igualmente importante. ETFs com grande volume de negociação garantem spreads mais reduzidos e entradas e saídas mais eficientes. Grandes emissores como IBIT e FBTC proporcionam maior liquidez. Ao nível da segurança, confirme que o Bitcoin do ETF é custodiado por instituições financeiras reguladas; os requisitos variam conforme o mercado, mas os produtos regulados pela SEC nos EUA são especialmente fiáveis.
| Produto ETF | Emissor | Tipo | Comissão de Gestão | Principais Características |
|---|---|---|---|---|
| IBIT | BlackRock | Spot | 0,25% | Maior gestora global de ativos; elevada liquidez |
| FBTC | Fidelity | Spot | 0,25% | Líder de mercado; elevada confiança dos investidores |
| BITO | ProShares | Futuros | 0,95% | Primeiro ETF de futuros nos EUA; negociação ativa |
| BTCC | Purpose | Spot | 0,20% | Primeiro ETF spot mundial; modelo consolidado |
| EBIT | Evolve | Spot | 0,20% | Emissor canadiano de referência; comissões reduzidas |
Os investidores devem ainda monitorizar eventuais prémios ou descontos do preço das unidades face ao valor líquido dos ativos. Os primeiros trusts Grayscale registaram prémios expressivos sobre o valor efetivo do Bitcoin; os ETFs atuais minimizam essas discrepâncias, mas as cotações podem divergir pontualmente do NAV. Apostar em emissores de referência reduz este risco. Qual a melhor abordagem para investir em ETFs de Bitcoin? Para começar, deve abrir conta numa plataforma regulada como a Gate, avaliar o seu perfil e horizonte de investimento, e selecionar produtos em função das necessidades de curto ou longo prazo. Analise regularmente comissões de gestão e liquidez para garantir a boa performance do fundo escolhido.
Investir em ETFs de Bitcoin segue cinco passos essenciais. Primeiro, abra uma conta numa corretora — registe-se junto de um intermediário autorizado. Plataformas como a Gate oferecem segurança e enquadramento regulatório. A abertura de conta exige, normalmente, a validação de identidade e morada, feita online e aprovada em um a dois dias úteis. Em segundo lugar, deposite fundos — transfira dinheiro para a sua conta; a maioria das plataformas permite transferências bancárias, cartões de crédito e outras opções. Os montantes mínimos variam, geralmente, entre algumas centenas e vários milhares de euros. Terceiro, pesquise e escolha ETFs recorrendo às ferramentas e dados disponíveis — compare comissões, liquidez e histórico de rendibilidade. As funcionalidades de pesquisa ajudam a filtrar rapidamente as opções. Quarto, insira a ordem — indique o ticker do ETF, a quantidade e o tipo de ordem na interface de negociação, confirme e submeta. As operações são executadas em segundos, com liquidação imediata (T+0). Por fim, faça a gestão da sua carteira, monitorizando o desempenho e reequilibrando o portefólio de acordo com o mercado e os seus objetivos pessoais.
Após estes passos, torna-se oficialmente investidor em ETFs de Bitcoin. O mais importante para quem começa é compreender cada etapa e manter-se paciente. Evite negociar frequentemente ou seguir oscilações de curto prazo — para a maioria dos investidores, a manutenção das posições a longo prazo é a abordagem mais sensata. Antes de investir, assegure-se de compreender bem cada produto, o seu perfil de risco e objetivos, para garantir que as escolhas se alinham com o seu plano financeiro. À medida que mais investidores entram no mercado cripto via ETFs, esta solução eficiente e acessível ganha protagonismo e abre novas oportunidades para quem, vindo das finanças tradicionais, pretende investir em ativos digitais.











