O presidente de uma grande empresa de software de construção revelou recentemente alguns números impressionantes sobre a crise nos centros de dados. Aparentemente, mais de metade destes projetos estão parados — não por falta de financiamento ou licenças, mas simplesmente porque não há trabalhadores qualificados suficientes para os construir.

Estamos a falar de um atraso de 11 meses. Isso equivale a quase um ano inteiro de procura acumulada à espera que as equipas de construção apareçam. Esta escassez de mão de obra não está apenas a atrasar os processos; está a criar um verdadeiro estrangulamento em toda a cadeia de infraestruturas.

Para quem acompanha o desenvolvimento da IA ou a escalabilidade do blockchain, isto devia ser um sinal de alerta. Todos aqueles planos ambiciosos para aumentar a capacidade computacional? Só são viáveis se conseguirmos construir fisicamente as instalações. O hardware pode estar pronto, o capital pode existir, mas se não houver pessoas para transformar os projetos em edifícios reais, nada disso importa.

Parece que a corrida pelas infraestruturas está a bater num limite muito humano.