Itália inicia revisão abrangente dos riscos das criptomoedas: poderá estar a chegar uma era de regulamentação global unificada



O Ministério da Economia e das Finanças de Itália tomou a iniciativa de realizar uma avaliação sistémica dos riscos enfrentados pelos investidores de retalho nacionais no setor das criptomoedas.

Por detrás desta ação está o Comité de Política Macroprudencial, composto pelo governador do banco central, entidades reguladoras dos seguros e fundos de pensões, e altos funcionários do ministério das finanças — basicamente, está reunido todo o radar nacional de gestão de riscos.

As suas conclusões são diretas: à medida que os criptoativos e as finanças tradicionais se tornam cada vez mais interligados, e tendo em conta a disparidade dos padrões regulatórios a nível global, o risco sistémico tenderá apenas a acumular-se mais facilmente no futuro.

Na verdade, esta ação dá seguimento à posição tomada pelo banco central italiano em abril deste ano, quando alertou publicamente que a integração global dos criptoativos estava a acontecer demasiado depressa, e que, caso a regulamentação não acompanhasse esse ritmo, a estabilidade das finanças tradicionais poderia ser arrastada para território desconhecido.

A evolução para uma revisão oficial e abrangente indica que Itália já não está apenas a observar se as criptomoedas podem afetar a estabilidade financeira do país — passou para uma fase de ação efetiva.

Entretanto, Ruchir Gupta, cofundador da Gyld Finance, também referiu que a falta de uniformidade nos padrões regulatórios globais amplifica, de facto, os riscos. No entanto, à medida que o enquadramento regulatório dos EUA se vai tornando mais claro, estima-se que até 2026 a regulação das criptomoedas a nível mundial se alinhe gradualmente e comece a convergir para um conjunto comum de regras.

Na minha perspetiva, estas ações regulatórias podem ser vistas a curto prazo como uma restrição, mas a longo prazo são, na verdade, positivas. O setor das criptomoedas evoluiu nos últimos anos de um pequeno nicho para uma classe de ativos global, com ligações cada vez mais profundas ao sistema financeiro real.

Sempre que existe ligação ao setor financeiro tradicional, não é possível operar indefinidamente num vácuo regulatório. As auditorias, avaliações e harmonização de regras a nível nacional são, na verdade, o que está a impulsionar esta indústria de uma abordagem marginal para uma categoria de ativos legítima.

Mais importante ainda, a regulação não existe para travar, mas sim para permitir um desenvolvimento controlado. Quando os reguladores de diferentes países começam a alinhar-se, os quadros normativos tornam-se mais claros e as regras começam a ser integradas, isso oferece certeza a instituições, bancos, fundos de pensões e outros capitais tradicionais — só assim é possível a entrada de grandes volumes de investimento.

A ação de Itália é, na essência, parte de uma tendência global: os criptoativos estão a ser formalmente integrados no mapa do sistema financeiro, deixando de ser um elemento marginal. Para o setor, representa uma dor passageira, mas é, acima de tudo, o início da maturidade.

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