
Na criptografia e na segurança da informação, o salt criptográfico é um dado gerado aleatoriamente utilizado principalmente em funções hash para reforçar a segurança de palavras-passe ou dados confidenciais. O salt combina-se com a palavra-passe do utilizador ou outro dado confidencial antes da aplicação do hash, originando um valor de hash único. Este mecanismo impede eficazmente ataques por "rainbow table"; mesmo que dois utilizadores tenham palavras-passe idênticas, os valores de hash gerados serão totalmente diferentes devido à utilização de salts distintos. Nos sistemas de blockchain e criptomoedas, os salts são amplamente utilizados para proteger as credenciais dos utilizadores, as chaves das carteiras e os dados das transações.
O conceito de salt criptográfico surgiu no início dos anos 1970 com o sistema operativo Unix, quando os programadores Robert Morris e Ken Thompson introduziram este mecanismo ao desenvolver sistemas de armazenamento de palavras-passe. Nessa fase inicial, os salts tinham apenas 12 bits e eram usados para reforçar a segurança do algoritmo DES (Data Encryption Standard).
Com o aumento do poder computacional e a evolução das técnicas de hacking, a importância dos salts criptográficos na criptografia tornou-se cada vez mais evidente. Na década de 2000, com a proliferação dos ataques por "rainbow table", a utilização de salts passou a ser uma prática essencial para defender contra a quebra de palavras-passe.
Com a ascensão da tecnologia blockchain, os salts criptográficos foram amplamente integrados em diversos protocolos de criptomoedas para reforçar os mecanismos de autenticação de utilizadores e proteção de dados, assumindo um papel central nas estruturas de segurança criptográfica modernas.
O funcionamento do salt criptográfico baseia-se sobretudo no reforço da segurança das funções hash:
Nas aplicações de blockchain, os salts criptográficos são igualmente fundamentais na derivação de chaves, criação de carteiras determinísticas e conceção de sistemas de provas de conhecimento nulo, que exigem frequentemente padrões de utilização de salt mais avançados, como PBKDF2 (Password-Based Key Derivation Function).
Embora reforcem consideravelmente a segurança dos sistemas, os salts criptográficos enfrentam diversos desafios e riscos potenciais:
Para enfrentar estes desafios, os sistemas modernos combinam frequentemente técnicas criptográficas mais avançadas, como funções de hash lentas (Argon2, bcrypt, etc.) e técnicas de "key stretching", para reforçar ainda mais a segurança.
O salt criptográfico é um elemento essencial da criptografia moderna e da segurança da informação, reforçando de forma significativa os processos de armazenamento e verificação de palavras-passe através da introdução de aleatoriedade. Nos ecossistemas de blockchain e criptomoedas, a implementação adequada de mecanismos de salt é fundamental para proteger os ativos e os dados pessoais dos utilizadores. À medida que tecnologias como a computação quântica evoluem, a utilização de salts criptográficos continuará a adaptar-se, integrando algoritmos de encriptação e mecanismos de verificação cada vez mais sofisticados para responder aos desafios futuros de segurança. Para os programadores de projetos de criptomoedas e especialistas em segurança, compreender e aplicar corretamente as técnicas de salt é não só uma competência básica, mas um elemento essencial para garantir a segurança de todo o ecossistema.
Partilhar


